26 de dezembro de 2009

Lições de um dia de Natal

25 de dezembro. Feriado. Um dia típico para reunir a família e os amigos para descansar. Como jornalista não tem feriado, lá fui trabalhar. Saí da piscina para um calor de quase 38º e fui até a rodoviária esperar um 'homem' chamado Vitor. Minha missão era registrar o reencontro dele com sua família. Porém, Vitor não era qualquer pessoa, era um sobrevivente..um verdadeiro herói. A imprensa aguardava ansiosamente por sua chegada para poder registrar aquele momento especial. De tudo, o que mais me chamou a atenção foi o sorriso tímido e doce do filho de Vitor. O menino de 12 anos me disse em entrevista que a primeira coisa que iria dizer a seu pai era que o amava e agradecia por ele voltar com vida para casa. Pode parecer pouco para quem nunca passou um susto desses, mas quando Vitor finalmente chegou...não me aguentei. A Carol se deixou levar pela emoção e naquele dia tão especial, do nascimento de Cristo, posso dizer que aquele homem e eu, nascemos de novo. O abraço do filho, o choro da mãe e da esposa, a felicidade dos amigos e até dos desconhecidos que pararam, hipnotizados, com aquela cena de amor puro. A pauta rendeu, e muito, mas rendeu o que precisava para fechar meu 2009 com uma chave bem dourada.



2009 foi um ano que aconteceu de tudo um pouco. Pensei em escrever no último texto do ano, minhas expectativas para o ano 10, mas após esta lição, senti na pele que os problemas que pensamos ter, não são absolutamente nada (na-da). Aprendi este ano que se temos SAÚDE, somos os seres mais sortudos do mundo; se temos uma família unida, somos abençoados por Deus; se temos emprego, somos privilegiados por alguém confiar na realização das 'tarefas' que nos são passadas diariamente. Se temos amigos, mas aqueles que nos fazem chorar de emoção, independente de onde estiverem, a vida fica muito mais colorida. Nos dá o gás necessário para - a cada dia - seguir em frente com a plena certeza de que a cada passo, tudo será melhor. É com eles que vamos atrás de nossas maiores 'utopias' ou que realizamos simples desejos como encontrar um pote de ouro no fim do arco-íris ou vê-lo em um belo fim de tarde na praia do Laranjal.



Definitivamente um ano que me marcou. Apesar das perdas, ganhei...ganhei muito mais. APRENDI, tirei lições para minha caminhada em apenas 12 meses, mas que me transformaram em uma outra criatura. A Carol que vai escutar mais do que falar; a Carol que vai pensar (um pouquinho mais) antes de agir no impulso; a Carol que vai fazer por ela. 2010 está aqui, batendo em minha porta e eu tenho certeza que - eu nunca quis tanto - que algo NOVO chegasse. Pois é, ela está aberta, arrumada e eu, devidamente com o sorriso no rosto para dizer: SEJA BEM VINDO ano 10, o ano da Carol. O ano da Carolina.

12 de dezembro de 2009

"A primeira vez...

a gente nunca esquece." Não só a primeira, mas a segunda, terceira e por aí afora. Tudo que a gente nunca viu, experimentou, ou viveu dá um medo. Aquela minha 'velha' teoria dita aqui das 'borboletas no estômago' milhares de vezes, porém esta minha 'primeira' foi mais do que especial. Amo o que faço. Amo crianças. Amo viajar. Amo conhecer pessoas novas. Todos estes elementos se uniram em uma tarde chuvosa de sexta-feira, em que fui até Morro Redondo, uma cidadezinha de seil mil habitante para cobrir a primeira Feira do Livro do município.

Até aqui nada de novo, mas ao terminar a entrevista com uma menina, para minha surpresa, escuto a seguinte frase: 'tia, me dá um autógrafo?'. Na hora pensei: 'não pode ser pra mim' e o 'pior' é que era! O friozinho começou a bater e quando vi, cerca de 20 crianças estavam com todos os livros que acabaram de comprar, apontados para que eu desse a minha assinatura.


Na verdade pode parecer um ato de 'estrelismo' contar isto, mas o ponto que quero chegar é que ouvi algumas dizendo assim: "'ah, fulana..pede para ela o autógrafo,eu tenho vergonha". O sorriso daquelas crianças que eu NUNCA tinha visto na vida e estavam felizes por eu estar lá; por quererem alguma recordação minha, mostra que o meu 'papel' na sociedade é muito mais importante do que possa parecer. As crianças (e os adultos também), pedindo para tirar uma fotografia comigo, nossa...tudo aquilo me deixou feliz e me 'coloquei' no lugar de tiete ao saber que, no mesmo dia, em uma rua de Pelotas, o cara mais competente da TV brasileira (o qual admiro muito) estava ali, entregando uma casa em seu programa. Como queria conhecer o Huck, tirar uma foto, pedir um autógrafo.



Certamente a sensação que teria se ficasse cara a cara com o 'marido da Angélica' seria a mesma que aquela menina de sorriso doce me pediu um autógrafo. Pequenas coisas, mas que tem um valor...indescritível!

2 de dezembro de 2009

- "Carol, me ajuda a montar a árvore de Natal?"
- "Hã? Já? Meu Deus, é Natal!"

É, parece bobagem, mas o Natal está ai e pode-se ver por toda parte. 2009 voou e este ano, mais do que qualquer outro, deveria sim ter voado, para ir embora de uma vez. Engraçado que sempre (desde que me conheço por gente), as pessoas fazem promessas, ou as pagam por coisas que pediram, para ficarem 'quites' com o Cara lá de cima, mas geralmente isto acontece nos dois últimos dias do ano, para entrarmos com o pé direito.


Tudo isto até serve para mim, porém 2009 foi um ano atípico e por isto, resolvi mudar, traçei minhas metas e começei os agradecimentos desde ontem. Tenho quatro semanas para fazer tudo aquilo que tive preguiça ou que não tive coragem ao longo de 11 meses. Em meu quarto, acabo de colar minha lista de 'promessas' com tudo que devo tentar fazer até dia 31.

O conteúdo? De tudo um pouco, desde pegar coisas que emprestei e ainda não voltaram para mim como desabafar com certas pessoas. É, tudo milimetricamente numerado por ordem de importância. Parece coisa de maluco, mas como dizem que 'cada um tem um pouco de loucura', resolvi propor este desafio para mim e ver se sou capaz de alcançar tudo aquilo que desejo, mesmo que para alguns possam ser coisas tão pequenas.


Metas existem para serem cumpridas. Não alcançadas, jamais podemos nos sentir fracos, incapazes, a não ser se desistirmos de tentar. Minha lista está aqui, me encarando e já arremanguei as mangas e começei com gás total..Pode apostar que sim!

17 de novembro de 2009

Simplesmente

A vida parece, muitas vezes, correr mais do que o próprio relógio. Muitos vivem escravos daquele pequeno aparelhinho com dois ponteiros que podem deixar qualquer um maluco. Ultimamente me encaixo mais na primeira frase. Na última semana, em que tantos fatos aconteceram, resolvi esquecer do tempo, daquele tempo do relógio e não o do aprendizado. Convoquei duas pessoas especiais para esquecerem do 'tempo' comigo e fomos ao teatro. AHHH, o teatro.

Por incrível que possa parecer, minha cidade tem dois magníficos teatros e justamente para o que estes foram construídos, é o que menos os pelotenses podem apreciar. A peça:
Simplesmente Eu. Clarice Lispector. Monólogo escrito e dirigido pela atriz Beth Goulart. Por uma hora assisti no palco do teatro mais antigo do Brasil em funcionamento a minha escritora predileta..ali, vivinha da silva. SIM! A mulher responsável pela frase de abertura do Bubble estava naquele palco, contando suas experiências, angústias e as aventuras de ser escritora.


Simplesmente tudo de bom, pois o relógio naquele momento, era o objeto mais inútil para mim. O tempo congelou do lado de fora do teatro e pude mergulhar em um mundo que, sinceramente, poderia ficar imersa por muuito mais tempo. Como já ouvi uma vez: "simplesmente tudo, totalmente completa". É assim Clarice.

6 de novembro de 2009

Mude

Mudei o corte do cabelo. Mudei de cor preferida. O lugar da cama.
Mudei minhas fotos. Mudei de ritmo musical. O perfume predileto.
Mudei a frequência. Mudei meu quarto por inteiro. Renovei.
Mudei de pensamento. Mudei minha oração. Mudei de prioridade.
Mudei. Mudei muita coisa em minha vida, mas não mudei minha essência, só mudei em aspectos que, por menores que possam ser, fazem toda diferença.


Mude. Dê um passo a frente.

2 de novembro de 2009

As estrelas de Satolep

Confesso que minha cabeça está fervendo. Não de raiva ou qualquer outro sentimento negativo. Ferve para tentar escrever, em poucas linhas, o que REvivi ontem. Como relatei, a profissão que escolhi me proporciona momentos de extrema alegria mas também de muita tristeza. Em 15 de janeiro vivi este outro lado da moeda de ser jornalista. O acidente com a delegação do Brasil foi, até hoje, o maior acontecimento triste que tive que 'contar' aos outros. Hoje, percebo que fiz parte de um dos maiores acontecimentos históricos desta cidade e quem sabe do mundo esportivo?!

"As coisas não acontecem por acaso", já diria algum poeta, mas se aconteceu tudo isto, algum aprendizado TODOS os envolvidos - direta ou indiretamente - tiveram. Eu tive...e como. Passados 10 meses, dois colegas de profissão lançaram um livro com esta história, com este 'fato jornalístico'. Para minha surpresa, ao abri-lo, a primeira imagem que vejo: Eu. Eu? Eu!

O registro foi feito uma semana antes do acidente, na chegada do goleiro Danrlei e que foi contra-capa de um dos jornais mais importantes do Estado. Não pude conter minha alegria em saber que, mais do que nunca, faço parte desta triste história, mas que me serviu como uma bela lição. Para selar tudo isto, nada melhor do que ouvir "Estrela, Estrela" ao som do violão que ecoou no teatro Guarany na voz de seu criador, Vitor Ramil. Presente. Duplo.

A 'estrela' que Ramil cantou é a mesma que reluz o brilho dos guerreiros que se foram. A 'estrela' que como ele diz: "Brilhar, brilhar, quase sem querer. Deixar, deixar, ser o que se é"

20 de outubro de 2009

Cenas do meu cotidiano

Segunda-feira. 21h35min. Meu pai e eu adentramos em um supermercado da cidade. De repente, meus olhos brilham. Ali, levando pães quentinhos para casa estava Vitor. Um cara de abrigo, com a barba por fazer. A cena mais comum do mundo SE não fosse um dos irmãos Ramil. SIM. O cara da fila do super comprando pães era o 'cara' que canta "Estrela, Estrela", "Viajei" e autor de Satolep. Melhor de tudo é que estou devorando este livro há quase dois meses, leio aos poucos porque é tão bom, mas tão bom que fico com pena de terminá-lo em uma tarde e ficar com gostinho de quero mais.


Melhor de tudo é que dia 31 ele estará no palco do teatro que há dois meses pude assistir seus irmãos. Melhor de tudo é que já tive o privilégio de entrevistá-lo. Melhor de tudo que este cara fantástico é de Satolep, assim como eu, assim como Glória. Ah, esta história deixo para outro dia. Hoje, destaco as coincidências da vidinha. Adoro, ou melhor...atóro!

13 de outubro de 2009

"Ao vivo e em cores"

"Pensando bem," "sou tua saudade reprimida". "Você sabia?"

Não. Isto não é uma frase. Até poderia ser, mas são pequenos trechos cantados por dois caras, que a partir de hoje, ganharam ainda mais minha admiração e meu respeito. Centro de Eventos Fenadoce. 12 de outubro. Um local especial. Uma data. Um local e uma data duplamente especiais. Não poderia deixar de ser...tinha que ser.



Após um ano de espera, volto ao mesmo lugar que prometi um certo dia, escutar as minhas músicas. E assim se fez. Ansiosa? Não. Feliz? Sim. Mais que feliz? Sim. Eu estava em um estado que poderia denominar como "graça". Mais de 10 mil pessoas e eu estávamos assim e como um deles disse: "o show não é para a multidão, é para cada um de vocês". E assim se fez. Um show preparado especialmente, como diriam por aí, 'só para mim'. Os "outros 10 mil" me ajudaram a fazer uma festa que JAMAIS irei esquecer. Uma festa que, antes de ser festa, já era motivo de sobra para comemorar.

2h10min. Tempo suficiente para sair do "mundo real" e ver "a vida boa" que eles tanto pregam. Que banda. Que dupla. Só de relembrar, o coração acelera. Mais um sonho realizado. Parabéns para mim! Parabéns por ter celebrado o dia especial com o melhor presente, o tão desejado presente.


Ah, e não faltou uma coisa: "Somos duas energias: Deus e Amor". As borboletas voaram, e como voaram!

25 de setembro de 2009

Será mesmo?

Já perguntei aqui se certas coisas eram pecado. Já questionei que se existe pecado é porque deve (dependendo da situação) ser uma coisa boa, mas que, para muitos, é errado e isto torna o fato um “pecado”. Voltei a pensar sobre isto, mas de uma maneira diferente. Será que a gente deveria vir com algum manual de instrução? Já dizia a Pitty e a roqueira até que tem razão. Seria um sonho se todos viessem com um, pois assim nós mesmos, quando não nos entendemos, teríamos onde encontrar a solução (ou algum tipo de 'caminho'). Se o nosso manual já seria uma luz no fim do túnel, imagina pensar que nas outras criaturas do Universo encontrássemos este livro mágico. É...mas é sonho. Eu não tenho. Ninguém tem. O manual, na verdade tem outra nomenclatura: convivência.


A convivência, o dia a dia mostra o que somos, o que os outros são. E ponto. O manual com relação ao pecado, tem váaarias coisas em comum, para outros nem tanto. A vida me apresentou algumas situações em que o pecado em fazer algo que se tem vontade ficou de frente com o 'tal' manual que não existe. Defendi em algumas linhas que a convivência era suficiente, o manual mais completo. Engano. Por quê? Pois os manuais "sempre" trazem algumas páginas em branco e que SÓ a gente pode escrever, nada é programado.



Será mesmo que conviver e conhecer as pessoas por completo é um pecado?

1 de setembro de 2009

Medo ou Amor?

Assim como dois caminhos não podem ser seguidos ao mesmo tempo por uma única pessoa, duas escolhas sobre um mesmo tema não podem ser feitas. Aquele que vai à guerra por sentir-se cumprindo seu dever patriota, não pode, ao mesmo tempo, ficar ao lado da esposa e de sua família. Quem escolhe continuar, não pode, simultaneamente permanecer. A vida é uma constante troca de uma coisa por outra e é importante aceitar isso.

Quando o caminho bifurca e o destino faz uma pergunta, qual a melhor escolha? Em qualquer espaço ou tempo, pergunte-se: “O que o amor faria?”
A resposta a esta pergunta poderá tirar-lhe do ardor de diversas consequências advindas de uma escolha mal feita. O amor cabe em qualquer lugar e hora, permanecendo como a mais acertada forma de ser e fazer feliz.
Qualquer outra escolha que não seja por amor, certamente será por medo. Você está se perguntando: “Medo?”.
Se o medo de perder o que nem é seu se chama ciúme, o amor ao direito de simplesmente escolher estar ao lado chama-se liberdade. Se o medo de admitir que você também erra chama-se rancor, a amorosa visão de que ninguém é melhor que ninguém chama-se perdão.




Se formos pensar, tudo o que não nos faz bem são medos disfarçados e tudo o que nos torna melhores e felizes é o amor.
Medo de si mesmo é não gostar-se e aí, é bom saber que você pode reinventar-se a todo momento. Amor por si mesmo é gostar-se e aí, a energia contagiante de fazer com que todos ao seu redor sintam-se atraídos por você, chama-se auto-estima.
O que você tem escolhido? Na hora de viajar, por exemplo, pergunte-se: Estou deixando de ir por medo, estou indo por medo, estou ficando por amor ou estou indo por amor? E lembre-se, amor é algo que só pode existir, quando antes existe por você próprio. Ame-se mais para amar mais. Não ama, apenas acha que ama, aquele que diz que ama mas nem sabe o que é amor próprio. Medo ou amor? A escolha é sua e cada segundo de sua vida lhe perguntará isso."

(Victor Chaves - 27/04/2009)


É por isto e muito mais que eles são "os caras". É por isto que as músicas mais lindas que eu já escutei foram compostas por este mesmo cara que escreveu esta verdade. Aja coração...

24 de agosto de 2009

Na alma

Quando criei o blog, foi justamente para colocar aquilo que carrego dentro de mim para os outros, para compartilhar com outras pessoas, sejam elas conhecidas ou não. Desde abril de 2008, muita coisa vivi e as dividi com pessoas que nunca vi e com outras que me conheçem por inteira. Este, certamente, será o mais intenso, o mais valioso (apesar de já ter feito meu top 10), mas nada se compara ao que vou 'gritar' aos olhos de quem "me lê".

Há um ano e seis meses foi a última vez que fui para um lugar que é 97% parte de mim, parte do que sou hoje. Nossa, foi muito tempo longe do lugar que eu tenho como referênica, como uma paixão. Dizem que a gente jamais esquece certos cheiros, certos momentos, certos lugares. É...totalmente verdade. Há um ano e seis meses deixei de reviver tudo isto, mas não foi por falta de vontade e sim de tempo. Olha ele de novo aí..o tempo. Ainda bem que ele passou e pude 'recuperar' este precioso e perdido tempo e voltei para lá em uma ocasião mais do que especial. Neste local vivi 18 anos. Construi momentos que viraram lembranças e as pessoas que fizeram parte de tudo aquilo, ficaram não só no meu passado mas totalmente no meu presente. Voltei para lá para formatura de uma destas pessoas e desde o momento que enxerguei o local da estrada, o nó na garganta foi inevitável. Poderia descrever aqui cada respiração minha mas ao chegar, ao colocar os pés naquela terra e sentir o cheiro daquele lugar, minha alma ficou mais leve, mais colorida e muito mais verdadeira.


Foram quase três dias em que dormir foi a coisa que menos fiz. Não tinha como. Havia um tour a fazer: rever algumas destas pessoas tão marcantes e especiais. Algumas faziam poucos meses que não me encontrava; outras 2 anos; outras 3, 4 e algumas mais de 6 anos..s-e-i-s. Ufa! Foi muita emoção em um período curto, mas aguentei o pique e o mais difícil foi driblar a emoção, que estava sempre estampada em minha cara.

Domingo, hora de voltar para casa, hora de voltar para a minha realidade, pois aquilo tudo faz parte (como eu disse) do meu passado, mas tudo foi tão real que é impossível não voltar triste de lá, por ter que deixar as pessoas e os momentos guardados naquele lugar chamado carinhosamente de Rainha da Fronteira. Quis levar algumas pessoas do meu presente para lá, ainda não deu..quem sabe assim eles possam entender o porque sou TÃO intensa em tantas coisas, que eles possam entender o porque tudo aquilo é a minha alma..a minha verdadeira alma :)

20 de agosto de 2009

Paixão Nacional

Perguntinha fácil..qual a maior paixão nacional? EU, como mulher, deveria responder "novela", mas 95% da população iria responder "futebol". Hoje, as mulheres estão dominando várias áreas que antes eram somente dos homens (ha-ha) e digo, como mulher que sou, que a paixão nacional É sim o futebol. Hoje tive o privilégio de cobrir mais um evento futebolístico que entrou para a história da cidade. O Pelotas, time que completou 100 anos de funcionamento em 2008, após cinco anos, está de volta a elite do futebol gaúcho e irá disputar o Campeonato Gaúcho de 2010. Já escrevi aqui sobre o Grêmio Esportivo Brasil, o maior rival do Lobão, mas confesso que apesar de ter uma 'queda' pelo Xavante, hoje torci para o Pelotas, um clube grandioso e que mereceu - com todas as letras - o acesso. Milhares de torcedores compareceram em plena quarta-feira, 15h, com muita chuva e fizeram uma bela festa em azul e amarelo.

Como disse, lá estava eu, com meu microfone em punho e registrando esta bela festa (merecida festa). No fim das contas, todos ganham. A cidade ganha. Pelotas, ano que vem, irá receber os grandes times do nosso Estado,o que fomenta turismo e muito mais. Papo de jornalista mas que, como eu disse, tudo isto irá acontecer graças a grande paixão nacional...o futebol.



É, que outros jogos aconteçam e que eu possa estar lá, mais uma vez :)

3 de agosto de 2009

Cansei*

De ver coisas que não quero. De escutar coisas demais. De ver injustiça. De não ser valorizada (quando devo ser). De falar sobre meus sentimentos. De confiar demais nas pessoas. De esperar demais pelas coisas. De falar sempre a mesma coisa. De não ser correspondida. De não chegar aonde eu quero. De fingir algo que eu não sou.

Cansei de sentir algo que eu não quero. De querer mudar o mundo. De bater na mesma tecla. De sentir o mesmo perfume. De escutar certas músicas. De rever algumas fotos. De sair sem rumo. De estar no meio da multidão e me sentir sozinha. De pedir a mão para alguém. De estender a mão e ninguém pegar. De querer ser o mundo para alguém. De tentar voltar no tempo. De esperar. Cansei. e quando canso, eu canso pra valer.

ps: ah, cansei também de ser sincera. Vou aprender a esconder o que sinto, vou aprender a jogar, acho que assim, a vida fica mais "saborosa".

* texto originalmente escrito em 18 de abril de 2009

30 de junho de 2009

O Tempo

O tempo que acalma,
Que tormenta,
Que conforta,
Que sufoca.

O tempo que é necessário,
Que é desnecessário,
Que é certeiro,
Que é incerto.

O tempo que surpreende,
Que assusta,
Que dá forças,
Que derruba.

O tempo...

O tempo que é amigo,
Que é amante,
Que é inimigo,
Que é irmão.

O tempo que é fogo,
Que é água,
Que é terra,
Que é vento.

O tempo que é paixão,
Que é loucura,
Que é amor,
Que é vida.

O tempo. Ele que conduz a nossa vida. Só ele sabe ser tudo isto e mais um pouco. Só ele sabe ser tudo isto dentro de mim. Só ele saber ser tudo isto dentro de você.


Deve ser por isso que dizem que o tempo "é mestre". É, com certeza é.

22 de junho de 2009

Jornalista com ORGULHO

17 de junho de 2009. O dia em que 8 ministros do Supremo Tribunal Federal, literalmente, rasgaram 80 mil diplomas, inclusive o meu. A partir deste dia, 79,999 pessoas e eu não temos mais profissão. Não temos nome. Não valemos nada. Nossa vida acadêmica foi como água correndo pelas mãos. Recebi um email com a posição do diretor da escola em que me formei, a UCPel. Resolvi postar alguns trechos da "carta" que o Jairo escreveu, pois muito do que acho está neste desabafo....

"Desregulamentação da profissão de Jornalismo: o problema não está nos cursos

O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de Jornalista, decretado pelo Supremo Tribunal Federal, causou indignação não apenas no meio acadêmico, mas em boa parte da sociedade brasileira, que espera de nossa mais alta corte, atitudes menos apaixonadas e com embasamentos mais sólidos em decisões que afetam a vida de milhares de pessoas neste país.
O Curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pelotas é um dos mais antigos do Brasil, com 51 anos de existência, e forma em torno de 60 jornalistas por ano. Temos egressos de nosso curso espalhados por todo o país, trabalhando em veículos importantes e reconhecidos como profissionais de ponta na área jornalística. Portanto, não poderíamos deixar de nos manifestar neste grave momento.


Dois argumentos utilizados pelos ministros do STF e pelos defensores da desregulamentação merecem especial atenção. O primeiro diz respeito a um suposto cerceamento à liberdade de expressão que seria imposto com obrigatoriedade do diploma, o que não se sustenta, porque na verdade quem determina se qualquer cidadão pode ou não escrever em jornal, é ninguém menos do que os proprietários do veículo e seus editores. A figura de “colaborador” existe na legislação e significa que, teoricamente, não há impedimento para que um médico, por exemplo, escreva um artigo sobre a nova gripe, com opinião técnica sobre o assunto. Ao jornalista cabe trabalhar jornalisticamente a repercussão dessa pandemia na sociedade. Simples assim.
O outro argumento alardeado é uma suposta “deficiência dos cursos”, que não preparariam bem os futuros profissionais. O grave equívoco desse argumento é seu caráter generalizante.[...] Em relação especificamente à questão do diploma, temos certeza que o mercado reagirá de maneira coerente com a realidade, a qual exige cada vez mais profissionais capacitados, bem formados, descartando os curiosos de plantão e supostos autodidatas com duvidosa capacidade de compreensão do que seja o processo informativo. Portanto, a Universidade Católica de Pelotas, seguindo sua concepção histórica de defesa da qualidade do ensino superiorrepudia a decisão do STF e seguirá aliada a todos aqueles que respeitam a profissão de jornalista regulamentada em lei, por ser o jornalismo uma profissão que mexe com consciências e com o imaginário coletivo.

Prof. Jairo Sanguiné Júnior
Diretor do Centro de Educação e Comunicação
Coordenador do curso de Jornalismo - UCPel
."



Mestre Jairo disse tudo...Eu? Se preciso, irei para a rua pintar a cara e mostrar que por uma qualidade de informação cada vez melhor, o Brasil precisa SIM de pessoas capacitadas para informar. Se o Supremo é feito por pessoas que estudaram anos, tem títulos e tudo mais fizeram isto, imagina se eles decidem que para ser advogado, também não é necessário "estudo técnico", daí sim este país - literalmente - não terá mais solução.

Pensamento meu, posição minha. :P

11 de junho de 2009

Falta ou comodismo?

Hoje venho falar de saudade. Uma palavra que todo mundo já sabe que só existe no português, em outras línguas, este sentimento não tem nome. A saudade é algo estranhamente bom, pois nos faz recordar, reviver. Existem milhões de músicas, frases, poemas a respeito "dela", mas nada comparado quando a sentimos na alma. Saudade, para mim, é quando algo de muuuuito bom aconteceu conosco e que gostaríamos que a mesma cena e/ou situação se repetisse. Vale em tudo: trabalho, amizade, família, amor. Sentir falta de algo ou alguém não é pecado, é uma benção. A saudade, muita vezes, nos faz chorar. De alegria ou de tristeza. A saudade sufoca o peito por algo que perdemos ou pelo simples fato de termos convicção que nunca mais, iremos viver tal situação que ainda nos sufoca.

Essa falta é saudável porque se 'faz falta' é porque realmente valeu a pena. Quando fica na memória, tudo bem, foi bom, bonito, mas não o suficiente para deixar aquele gosto de quero mais. Comodismo de pensar que a mesma situação possa a vir acontecer, mas esta pode nunca mais chegar, ou se vier, será totalmente diferente (e melhor). Eu sinto saudade de muitas coisas. De cheiros, lugares, roupas, cidades, situações, sentimentos e pessoas. Saudade de coisas que eu jamais na vida queria ter me "desfeito" e que, por obra do destino, acabou acontecendo. Como disse minha escritora predileta, Clarice Lispector, "saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem"..é, com certeza é. Por quê? A resposta é outro poeta que diz....



"Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante."
Carlos Drummond de Andrade

14 de maio de 2009

Vida Nova

O que significa esta frase? Milhões de coisas. Pode ser uma casa nova, uma roupa, um corte de cabelo. Pode ser um perfume novo, uma música diferente, ou porque não dizer uma pessoa. Sim, você se tornar uma pessoa diferente, SER uma pessoa diferente, mas sem perder a sua verdadeira essência.

Tudo isto é válido, claro que é, mas venho filosofar sobre outro aspecto: o de mudança geral. Sabe aquela faxina da pesada mesmo? É mais ou menos por aí. Vida Nova. Ânimo novo. Uma página virada, daquelas em que, mesmo se for boa ou ruim, a próxima - a nova página - será melhor. Como diria Claus e Vanessa "deixa a página virar, deixa o coração em flor se abrir". É este o espírito. VIDA NOVA. Nova vida. 2 palavras que, mais uma vez, fazem parte de mim, desta vez com força total, com a certeza total de ter subido mais um degrau, de ter pisado com firmeza no chão, de ter descido da nuvem...é, justamente da nuvem que me levou, há um tempo e onde comecei uma "outra vida nova" e que agora, mais do que nunca, esta "nova vida" seja a mais certeira e verdadeira.

Que esta seja uma vida nova para mim e para as pessoas que amo, que adoro, que admiro. Sim, todos estes "A´s" que compõem a beleza e a doçura desta minha (nossa) vida nova.

Vida!
Viva!
Nova!

Tim-Tim!

12 de maio de 2009

Amor Tricolor

Domingo, 10 de maio. Dia das Mães. Estou em Porto Alegre com minha família, passeando na Redenção em um belo e típico domingo de sol e calor. Tudo perfeito mas quando a gente 'acha' que as coisas estão boas, elas podem (e ficam) melhores...bem melhores. Para fechar aquele dia com chave de ouro, resolvi não voltar com minha família para casa. Calmaaaaaa, tive um motivo dos grandes: a oportunidade de assistir um jogo no Olímpico, na casa do meu time o qual eu fui apenas quando tinha 9 anos.

Após 15 anos, lá estava eu, megamente feliz e me beliscando para ter certeza de que realmente, aquilo tudo não era sonho. O jogo? Grêmio e Santos pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. 45 mil pessoas e eu, em um só grito, cantamos, vibramos, xingamos não só durante os 90 minutos de bola rolando, mas desde a hora que cheguei, aquele "mar azul"...é inexplicável.

O que mais queria ver de perto era a "avalanche", uma maneira que a torcida criou que, a cada gol, a "geral" vem toda em direção ao campo, todos descem e quase esmagam quem está embaixo...Parece estranho falar, mas realmente, é um máaaaaaaaximo. Bola na trave de um lado, defesas incríveis do outro e a torcida cantando e pulando todo tempo. De repente...BUMMMM. O estádio estremeceu. Gol de Réver, que foi direto na "avalanche". Ganhei meu dia, meu domingo. Me dei de presente. Foi de arrepiar, quase de se emocionar, mas como nem tudo é perfeito, aos 40 minutos, Molina empatou e o Olímpico..não se calou.

Na verdade eu estava tão feliz que nem me preocupei tanto com o placar, o que valeu e muito, foi ter feito parte desta massa tricolor que, sinceramente, não existe coisa mais linda do mundo. Coisas que só o futebol pode proporcionar. :)

1 de maio de 2009

Certo?

Uma certa pessoa me mandou um certo email. Achei que, por certo, não deveria abrir, mas por certo, eu abri mesmo assim. O que ali dizia me tocou por certo, em frases que, por certo, foram enviadas, com certeza, só para minha pessoa à ponto de, ao certo, fazer com que eu pensasse em tal filosofia. Certo. Assim por certo o fiz, assim por certo estou praticando e assim por certo está aqui registrado.

Certo??

"Sonhe com as estrelas,
apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento,
ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.

As lágrimas?
Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso!
Esse, você deve segurar, não o deixe ir embora, agarre-o!

Persiga um sonho,
mas não o deixe viver sozinho.
Alimente a sua alma com amor,
cure as suas feridas com carinho.

Descubra-se todos os dias,
deixe-se levar pelas vontades, mas, não enlouqueça por elas.
Abasteça seu coração de fé,
não a perca nunca.

Alargue seu coração de esperanças,
mas, não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Circunda-se de rosas, ama, bebe e cala.
O mais é nada
".

Fernando Pessoa



Certo!!!

16 de abril de 2009

Mi Buenos Aires querido

Sempre tive a certeza de que viajar, é uma das melhores coisas do mundo e, mais uma vez, a vida me mostrou que realmente, isto é uma verdade. Há tempos, queria me dar um presente, daqueles que a gente diz: "ah, eu mereço, né?"....É, fiz isto (por mim) e fui até Buenos Aires. Simmm, a capital dos argentinos, deste povo que os brasileiros não gostam muito (principalmente por causa do futebol), mas sinceramente, a Argentina é um máaaaaaaaaaximo!


Eu, minha blond sister e sua mãe fomos em uma excursão megamente divertida e cheia de surpresas ;) Se eu fosse relatar toda viagem, nossa, daria para escrever um livro, mas algumas coisas precisam ser registradas: os 'muchachos' se cumprimentam, apenas, com 1 beijo, mas pasmem: os homens que estou falando, eles com eles :O. Outra coisa bizarra são os cabelos: socorro, meu pai..aqueles "mullets", nenhuma mulhere merece (dizem que este é o 'tchan' dos argentinos, mas para mim, é o "hããã".


Bem, falando da capital mesmo...u-a-u(ao quadrado). Sem enrolação, tenho que falar de duas lugares, especificamente: La Bombonera e Senõr Tango. Não adianta, como eu falei no início, tem coisas que não dá para explicar e estes dois lugares, é somente estando lá para saber o que é. Um é o "templo" sagrado do futebol e o outro é o "templo" do maior símbolo dos argentinos: o tango. Os brasileiros tem o samba, mas não adianta, fiquei de queixo caído durante quase 3 horas, vendo aqueles casais - literalmente - flutuarem ao som dos melhores tangos. Fotinhos só pude tirar antes do espetáculo, o resto ficou na mente.


Agora, La Bombonera...aff! Além de ter sido mágico, ganhei vários plus naquela visita, mas o principal foi ouvir uma mistura de sotaques, e ao mesmo tempo, dava para ver na cara de cada turista (e eram muuuitos), o mesmo sorriso, a mesma felicidade em estar ali. Confesso que o campo é beeeeem menor do que parece ser na TV, mas aquelas arquibancadas..Meu Deus..Coisa mais linda do mundo. Fantástico. (e ponto). Eu, Carol, quase morri ao entrar na "Sala de Prensa", que foi considerada uma das melhores do mundo. Quem me conheçe, sabe que trabalho com isso aqui em Pelotas..ai, ai..um dia a gente "chega lá" hahaha!!


Bem, teve também o famoso bairro do Caminito, que é uma beleza à parte. Não dançei tango, mas que a gente fica com aquele gostinho de ser um "pouquinho" argentino SÓ para dizer que o tango "é nosso" :)


Tudo o que posso dizer é que voltei para minha realidade encantada, renovada e ainda por cima, com este pôr do sol de dar inveja em qualquer um.

É...se eu já era feliz, imagina depois desta viagem. Próximo destino? Segredo. Só posso dizer uma coisa: já está escolhido (e carimbado)!!

29 de março de 2009

O ditado mais sábio

"Em boca fechada, não entra mosca*."



* - O ditado "em boca fechada não entra mosca", indiscutivelmente jamais sairá de moda. Este é um ditado italiano e foi criado quando a Ópera de Milão foi infestada, em 1887, por um enxame de moscas. Na hora das apresentações, nem todas as árias eram encenadas e os tenores se justificavam diante do fracasso: "In bocca chiusa no entro mais musca".

25 de março de 2009

Encontros, reencontros, desencontros

Esta semana vinha eu, em passos lentos e certeiros para casa quando me cruzei com uma amiga que há mais de três anos não via. Nos demos aquele 'oi' meio tímido, mas depois, o papo fluiu tão ao natural que nem parecia que os três anos tinham se passado. Voltei para casa feliz. Para minha surpresa, no mesmo dia, ao procurar um papel que minha mãe me pediu, abri uma caixinha e, ohhhhhhhh, encontrei vários bilhetes do tempo do colégio e outros bem recentes. Parei. Pensei, pensei e pensei. (sim, pensei :P). No mesmo dia, foram dois "reencontros": um com uma pessoa e outra com minhas lembranças.

Devorei cada letra daqueles bilhetes, cada vírgula, cada sentimento. Sorri, mas sorri muuuuuuito. Parei de novo. Tentei fazer uma associação maluca com o reencontro, não por ter sido com aquela amiga em especial, mas como um todo. Reencontro. Re-encontro. Seria um encontro duplo? Não...Seria um encontro inesperado ou totalmente planejado? Sim. Reencontrar algo ou alguém é bom, (mas é bom demais), pois faz a gente REviver coisas, REviver momentos e....E?

Re-encontrar é bom, mas no fundo, eu prefiro ficar com apenas o encontro. Encontrar um bilhete nunca lido, uma flor deixada "por acaso" e porque não dizer uma pessoa? Encontrar...Encontre-se. Procure por você mesmo. Faça as coisas acontecerem por você para que os encontros sejam mágicos e os "re-encontros" com a mémoria sejam mais fascinantes ainda.


Você deve estar se perguntando:-Tá, mas ela colocou no título a palavra "desencontro", e daí?
E eu respondo: - Daí que o desencontro é apenas mais uma face que a palavra destino nos apresenta. O desencontro, na verdade, não existe, ele dá lugar para que o encontro possa nascer e o reencontro acontecer, quantas vezes o destino permitir.


E tenho dito!

21 de março de 2009

Top Ten

Ultimamente, os textos que tenho escrito não estão em condições de serem publicados (hihihih), por isto, me dei ao luxo de escolher 10 textos que eu realmente gostei e que me inspiraram a criar o "meu top 10", uma quase imitação do CQC, só que em versão dobrada.

Aqui estão...

10. Para o resto de nossas vidas




















Divirta-se, emocione-se, sinta o mesmo que eu senti, ao escrever e viver tudo isto...é bom demais ;)

27 de fevereiro de 2009

Trailer

Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é assistir filmes. Adoro ir na locadora, ficar revirando as prateleiras, lendo as sinopses para ver uma história legal, mas muuuito melhor ainda é ir ao cinema (sozinha ou acompanhada), comprar pipoca, esperar pela hora do 'show' começar. Uma coisa que há em comum entre estar em casa ou no cinema, é que (sempre) antes do filme começar, temos alguns trailers de outras histórias, só para deixar aquele gostinho de quero mais.

Para mim, os trailers são o algo a mais da mágica de assistir alguma outra história, mas cansei de estar pronta para apreciar os "mini-filmes" e alguém colocar o play. S-a-c-o. A desculpa que geralmente escuto é para não "perder" tempo, porque os trailers são apenas um resumo do resumo de um filme que nem foi lançado ainda. Tudo intriga da oposição. Os trailers realmente são o resumo do resumo do filme e te trazem uma amostra do que a história em si irá apresentar, ou seja, um máximo.


A gente fica revirando cabeça, pensando como será , se é bom, se é de chorar, se é uma fria total e todas as milhares de possibilidades. O trailer, se é bom, eu nem penso duas vezes, já anoto o nome da história para em seguida ir buscá-lo. Tá certo que, em raras exceções, os trailers são produções cinematográficas e o filme é uma #$%(&!!@, mas faz parte do processo de pelo menos, 'ter tentado'. Mas, no fundo mesmo, o trailer é a melhor coisa que pode acontecer, porque se realmente ele for bom, o filme, com certeza, será um sucesso e o melhor, beeeeeem mais longo. (começe a encarar os traileirs um pouquinho diferente...vale a pena)!

21 de fevereiro de 2009

Meu ano novo

Sempre acreditei que o Ano Novo não é dia 31 de dezembro (o meu, pelo menos não é). O meu é comemorado dia 17 de fevereiro. Este é o MEU ano novo, com direito a promessas, agradecimentos, simpatias, tudo como manda o figurino. Ano novo é hora de renovar as promessas do ano anterior, certo? Sim, mas nesses 24 anos, resolvi cumprir duas, de cara. Perder o medo de sentir medo e um desafio pessoal. Fiz minha tatto, mas não foi uma qualquer. Tatuagem nunca é uma coisa qualquer, tem toda uma história, um significado.


Acordei em meu ano novo com pé direito e no meu trabalho, aconteceu mais um coisa nova: ganhei uma festa surpresa, com direito a balões, faixa, velinhas felizes e bolo. Todas as pessoas que considero minha segunda família (até porque passo mais tempo com eles do que em casa), estavam lá, dividindo comigo e me proporcionando toda aquela mágica. Bem, mais motivada saí para colocar em prática minha promessa e estava mega decidida a fazê-la, sem pensar nos outros, somente e exclusivamente em mim (sim, totalmente narcisa).

Cheguei. Coração saindo pela boca e o sorriso no rosto. Levei um pássaro comigo para retribuir o momento em que o mesmo me deixou compartilhar em igual situação. Cabeça girando e a certeza de que meu ano novo havia começado (e muito bem). Quase 1 hora de ansiedade, mas e daí? Já esperei por tanta coisa nesta vida que mais alguns minutos não iriam me fazer mal. Pronto..chegou. Não tinha escapatória. Agora ou nunca? Para mim, era o agora. Quase seis anos de espera para conseguir superar o medo e, em 3 minutos, fui marcada para sempre com o símbolo que me impulsiona, que me ilumina, que me faz brilhar todo santo dia.


Sim. Me senti megamente feliz, completa, realizada. Meu ano novo tinha 15 horas e várias coisas novas já tinham acontecido. Para completar, à noite foi recheada de pessoas e momentos legais que, certamente, me deram o gás necessário para encarar os 364 dias do meu ano novo, que será, definitivamente, o melhor.

ps: promessa feita, promessa cumprida. Shining forever ;P

3 de fevereiro de 2009

Um novo dia...um grande dia

15 de janeiro de 2009. Uma data em que o futebol pelotense, em especial a "maior e mais fiel" quer esquecer. Um dia em que enfrentei meu primeiro momento de tristeza na profissão a qual escolhi para a vida inteira. Tragédia. Esta é a palavra que pode resumir o que aconteceu com a delegação do Grêmio Esportivo Brasil e que levou Milar, Régis e Giovani Guimarães para mais perto Dele. Faltando 1 semana para o time fazer sua estréia no Campeonato Gaúcho, o mundo virou de cabeça para baixo.

Foto: Carlos Recuero
03 de fevereiro de 2009. Como diz o título, um novo dia, um grande dia estava para começar. A grande volta por cima da garra xavante, que emociona, mesmo quem não torce pelo Brasil de Pelotas. Um dia que, realmente, foi marcado por fortes emoções. Eu nunca tinha visto tantos torcedores reunidos, em um único grito, com uma única camisa. Nunca tinha me emocionado, na alma, com o que vi e senti no Bento Freitas. Imaginei o que aqueles jogadores sentiram, a responsabilidade que tinham em seus 'pés'; o nó na garganta ao pisar naquele gramado e não ter dois grandes nomes e ídolos xavantes; a dor em saber que nunca mais, Milar fará seus belos gols e nem mandar sua flechada na torcida, nem Régis marcando fortemente os adversários e sendo ovacionado pelo caldeirão.

Com tudo isso, a torcida apoiou, cantou, chorou, sorrio. A torcida fiel e que AMA seus time, apesar de tudo, apesar da dor. Apesar dos fatos, a vida continua. Como disse o treinador, Cláudio Duarte, a dor vira saudade e a saudade vira lembrança e a vida TEM que seguir em frente. Lições de um gramado de futebol que eu, carrego cravado dentro de meu peito. Seguir em frente, apenas com as lembranças boas de um tempo em que eu sabia que era feliz e hoje, sei que poderia ter sido bem mais.


Avante Xavante!!!

26 de janeiro de 2009

Cultive....sempre

Outro dia, procurando algumas comunidades novas no orkut, caí naquela velha conhecida "cuide do seu jardim" em que a mensagem foi deixada por um ilustre gaúcho chamado Mário Quintana e que diz assim:
"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você
".

Sim, bela mensagem. Aquelas em que todo mundo coloca no perfil, mas colocar na prática mesmo, isso é outra história. Cultivar um jardim não é fácil, ainda mais quando é o nosso. Cuidar o dos outros, ou até mesmo de quem gostamos tem outro gosto, dizem que é melhor, mas e o nosso? Quem vai regar as flores? Cuidar das árvores, da grama? Se a gente não fizer isso, os outros podem até "meter" o dedinho, mas jamais será a mesma coisa.

Cultivar...um amigo, uma paixão, uma lembrança. Cuide, guarde, zele por isto. É bem como diz uma música por aí....

"Não sei dizer o que mudou
Mas nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu".


Cultive...sempre, o SEU jardim, porque assim, "elas voltam..sempre".

20 de janeiro de 2009

Querendo...

"Era uma vez uma moça, que sempre acreditou que a vida era cor-de-rosa. Ela cresceu, amadureceu e um belo dia, enxergou que poderia ser feliz..muito feliz (mais do que já era), mas no departamento chamado coração. Ela, com a mais pura e verdadeira paixão - sim, paixão - ela se envolveu, se entregou, caiu sem utilizar o pára-quedas (afinal, não tinha motivos para tal ato de 'prevenção'). Pois bem, um dia ela foi dormir nas nuvens e no outro, acordou dentro de um sonho que ela, jurava, que era sonho, mas não era. O "sonho" virou pesadelo e este, era realidade.

Ela sabia que, no fundo, tudo não passava de um mal entendido, falta de comunicação (ou comunicação demais). O tempo passou (ahh, o tempo) e as coisas, foram 'piorando' (para ela). O mundo parou, não era mais rosa, mas cinza. Em um piscar de olhos, o mundo mudou e começou a girar novamente, mas completamente ao contrário. Ela não desistiu de ter seu mundo colorido novamente e, um dia qualquer, escutou como se fosse do céu, as seguintes palavras vindas do 'pesadelo' que a tormentou por muito tempo.

"Oi, tudo bem...seguinte, eu tô ligando pra dizer uma coisa que eu andei pensando muito e preciso te dizer, mesmo sem saber como vai ser tua reação. Eu quero te dizer que tô largando tudo e tô indo correndo, para matar minha vontade, porque já faz tempo que eu tô sofrendo e mereço, ou melhor, a gente merece um pouco de felicidade.
Queria ouvir de ti que tu estás largando tudo e que estás vindo correndo, pra megulhar no meu sorriso, pra me arrancar deste inferno e me levar pro teu paraíso de novo.

Até porque, tu sabe, que eu não desisto do que eu quero, mais não me desespero, porque eu te espero (sempre), não importa se é na madrugada fria, na tristeza ou na alegria. Agora, digo com todas as letras que ficar sozinho não rola, mais AMOR não se implora, nem se joga fora. O amor agente conquista e não há quem desista, mesmo que o coração chore.......

Chore com vontade de te ver, chore com saudade de você. Ele, atualmente, tem chorado eu nem sei porque, mas eu imagino que dever ser de tanto te querer...aliás, de tanto amor você.

Pronto....falei. Agora, está em ti..."


A moça, sem saber o que fazer, pensou em somente uma coisa: viva o hoje, na intensidade que você desejar porque, daqui há 5 minutos, o mundo pode girar para você...e ele gira mesmo. Aproveite - absolutamente - cada segundo de sua preciosa vida.

ps: desabafo de quem sentiu na pele a diferença em que, 5 minutos, fazem na vida de qualquer pessoa.

11 de janeiro de 2009

Esperar

Fila gigante do banco e você tem apenas 5 minutos para fazer o pagamento. Às 20h começa a sessão do cinema e você está há quase 30 minutos esperando sua carona (e já são 19h58). Você chega em uma loja e só há 1 pessoa para ser atendida e você, com cara de tacho, espera quase 1 hora para ser atendida. :S

Esperar. Não existe coisa mais irritante no mundo do que esperar, mas como tudo nesta vida tem dois lados, esperar, em certas situações, é uma virtude. Esperar por uma resposta, por um abraço, por um presente. Claro, esperar demais não é muito bom, pois às vezes podemos nos decepcionar com algo que não vem. O mais legal é quando não estamos esperando nada, e as coisas acontecem.


Sim, esperar. Sou uma pessoa que sei fazer isso. Aliás, eu sempre fiz, mas estava meio "fora de forma" e percebi que quando a gente espera (mas espera com toda fé), as coisas se encaminham e acontecem no momento mais apropriado e perfeito. Eu sei esperar, mas por uma única razão: porque sei quando, realmente, aquilo que espero, vale a pena ;)