27 de setembro de 2008

Nas nuvens

"Neste momento estou, literalmente, nas nuvens. Agora, olho a minha esquerda e vejo um mar branco de algodão iluminado pela luz do astro maior. Meu coração está acelerado igualmente a velocidade do avião.


Não consigo disfarçar, nenhum minuto, minha alegria e meu sorriso, pareço uma criança que acabara de ganhar um presente (e assim é). Estou sozinha, sem ninguém do meu lado, 'reinando como uma rainha', porém no mundo real.

A primeira vez que andei de avião foi no meu aniversário de 10 anos e fiz o mesmo trajeto de agora - Porto Alegre/Florianópolis, de apenas 45 minutos que, para mim, duraram uma eternidade. Naquela época às 8h a gente 'almoçava'. Hoje, para minha decepção, tive que me contentar com essa comidinha aí - crise dos tempos.



Para ficar mais perfeito, só faltou o chimarrão e a companhia do Cauã Reymond (brincadeirinhaaa). Ai, ai, pena que não posso digitar este texto em tempo real, porém, meu bloco mágico me salvou, em mais uma situação.


Coisas bizarras
* na hora do embarque, me senti a verdadeira prisioneira quando coloquei minha bolsa naquela esteira para "revista" e também quando passei no detector de metais; (fazer o quê?)

* ainda em solo, o comandante de bordo foi dando todas as instruções para o vôo e tudo o que ele falava em português, precisava repetir em inglês, SÓ que com um pequeno detalhe: enrolation total, confesso que me controlei mesmo para não começar a rir sozinha;

* a coisa que eu mais estava com medo era da tal da turbulência e (neste exato momento) estou passando por uma. MEDOOOOOOOOO


Apesar de tudo isso, não há sensação mais maravilhosa do que estar"nas nuvens" perto de Deus, perto do Sol, perto da Lua e ao mesmo tempo tão longe de tudo ;)"

texto originalmente escrito ás 7h17min do dia 20 de setembro de 2008, no céu entre Poa e Floripa. Detalhe: "meu coração estava batendo a 670Km/h e meus pés estavam à exatamente 11.500 m do chão".

13 de setembro de 2008

Vida de gente grande

É, chegou o dia. O grande dia, a grande mudança. Quando fiz 15 anos, nem acreditava que a partir daquele momento eu poderia "sair", ir para festa com minhas amigas; aos 18 a felicidade me dominava porque eu já podia dirigir e estava na faculdade. Pois bem, o sonho acabou. Não tenho mais 15 anos, já dirigo há muito tempo e minha faculdade já conclui. Minha vida de gente grande começou dia 13 de janeiro, há exatamente 8 meses. Neste período, dei valor para tantas (mas tantas) coisas do meu passado como a época do colégio, que minha única obrigação era levantar cedo (no frio de 0° em Bagé) e ir para o colégio, reencontrar meus amigos e viver minha vidinha sem nenhuma preocupação aparente.

Passei a dar valor nas viagens de final de semana, onde eu podia, a qualquer hora ir a qualquer lugar, sem me preocupar com os compromissos do dia seguinte; passei a dar muuuuito valor á época das férias, onde eu sabia que de dezembro a março eu teria 4 meses para fazer tudo (ou melhor, nada). É, eu virei gente grande pelo fato de ter um diploma na mão e ter que batalhar pelo meu lugar ao sol. Demorou, mas não muito e meu dia chegou. Há 4 meses sou gente grande - e o melhor - na área em que eu me formei e no local onde eu, desde os 15 anos juntamente com o sonho de poder 'sair', criava o meu mundo que eu seria repórter de televisão.


Agora...é só saber desfrutar desse sonho que continua sendo sonho, mas que é realidade. Aproveite enquanto você ainda não é gente grande, porque depois, somente as fotos e as lembranças é que ficam ;)

1 de setembro de 2008

Meu mundo colorido

Domingo meu mundo ficou menos colorido. O sol brilhava com toda sua força e com esta mesma intensidade meu coração estava apertado, quieto, pensativo. Eu estava rodeada de minha família, em um típico almoço de domingo, mas não conseguia pensar em outra coisa a não ser na "barra" que eu iria enfrentar em poucos minutos. A barra chama-se despedida. É, só este ano (até agora) foram duas e lá ia eu para mais um 'até logo'.

O que mais me deixava triste era saber que aquele abraço era um até logo, que minhas lágrimas eram porque tudo o que vivemos e aprendemos valeu a pena, por saber que eu não sabia quando iria encontrá-la novamente. Não foi absolutamente nada fácil, e fui embora da rodoviária querendo, apenas, ficar sozinha, pois meu mundo estava sem graça, sem cor.


Um pouco antes de dormir, já que meu dia tinha sido forte,cheio de emoções, meu coração passou por mais uma prova de fogo: um desses amigos que me despedi, depois de 5 meses sem ouvir sua voz, me ligou. Conexão Dublin-Pelotas. Uau. Pobre coração da "Carol Little". Não me aguentei, chorei sem ele perceber, de alegria..muita alegria. Conversamos por mais de 1 hora e senti que a distância não é NADA quando se trata de amizade e amor verdadeiro.


O meu mundo, naquele instante, voltou a ser um pouco colorido pela certeza de que quando as coisas acontecem intensamente, o tempo não apaga nada, ele apenas reforça que tudo valeu a pena e de que os sentimentos puros prevalecem..forever!

Eu não vejo a hora de abraçar, com as mesmas lágrimas caindo de meus olhos, meus amados amigos que fazem meu mundo ficar bem mais colorido.