28 de maio de 2011

O cara

Coração na boca, pulsação acelerada. A espera, a ansiedade (boa).Tudo isso por causa de um cara. Ele não é apenas 'um', o numeral..ele é 'o', o artigo. Único, insubstituível. O sentimento platônico nunca me frustou, bem pelo contrário. Cara gente boa, cara com jeito de gente boa. Desde o princípio, acho que o fator que me encantou foi o 'jeitinho mineiro de ser' aliado com seu trabalho que me seduz, me hipnotiza..a música.



É, ele faz isso, vive de música e foi por causa dela que me encantei com o conjunto da obra, especialmente com aquele jeito desajeitado, cabelo moreno, voz boa de escutar. Na época eu era apenas uma menina, nem na adolescência estava, mas ainda bem que já tinha o gosto musical apurado e comprei seu 1º cd. Ah, que realização! Escutava dia e noite e sonhava em alguma curva da vida conhecer o cara..o meu cara. O tempo foi passando e as qualidades só aumentavam. Mais cds, mais músicas perfeitas que embalaram - e muito - a minha adolescência.







Certo dia, o sonho de vê-lo de perto foi realizado (em partes), mas as sensações eram sempre as mesmas: coração na boca, pulsação acelerada. A espera, a ansiedade (boa). Apesar de tudo, não consegui chegar tão perto quanto gostaria, para dizer que eu existia, que o admirava. Tempo vai e por mais três vezes tive a chance de ver o meu cara em apresentações memoráveis e os sentimentos? Só aumentavam.


Apesar de todas as admirações, sou uma pessoa que não me contento com pouco e sempre dizia para quem merecia escutar que, um dia, ainda iria encontrá-lo, ficara cara a cara. Mas se isso acontecesse, como seria minha reação? Nas voltas da vida, o meu sonho de menina virou realidade de adulta. Após 15 anos, realizei meu sonho da maneira mais perfeita que eu nunca poderia imaginar.


O cara é conhecido como Rogério...Eu gosto de chamá-lo de Flausino. No fim, o nome não importa, ele é 'O CARA'. Sonho desejado, sonho materializado. Não foi á toa que escrevi 'é preciso'...A culpa é toda dele. Mais do que nunca...sonhe, mas sonhe grande, alto, porque um dos meus está aqui.



"Dias de paz, dias a mais.Dias que não deixaremos para trás." Rogério Flausino.

13 de maio de 2011

O bonde

Não vivi no tempo em que se andava de bonde,este meio de transporte que, na minha opinião, tinha uma magia ao trafegar entre as pessoas, com um charme que era só dele. Homens com seus chapéus e mulheres em seus vestidos bem rodados. De um lado para o outro, levando e trazendo pessoas para seus destinos.

O bonde fazia sempre o mesmo percurso, porém - a cada parada - as pessoas nunca eram as mesmas. Se caso alguém perdesse o bonde em determinado horário, nada de pânico, em minutos ele estaria ali para mais uma vez, cumprir seu papel, ou seja, levar pessoas aos seus destinos. É, não nasci nesta época mas gostaria de ter vivido a magia dos vestidos, da calmaria, do bonde.

Na verdade o bonde neste caso, passa sempre no mesmo lugar, o que é algo certo, concreto. Se alguém perdesse a chance de 'embarcar', em minutos, teria uma nova oportunidade de pegar carona. A vida, quase em todos os momentos, nos oferece um embarque. Em muitas ocasiões, o bonde passa e a gente, com a certeza de que ele irá passar de novo, se engana. Às vezes, o bonde que mais queríamos pegar pára na nossa frente e, por n motivios, não embarcamos na certeza de que 'outro' melhor virá em seguida.

Em muitos entrei na primeira, em outras, esperei o segundo e - por sorte - acertei na escolha. Tudo é aprendizado, nada mais do que um jogo de sorte e azar. Pena que no último que passou, eu não embarquei. Ainda estou esperando, mas se ele passar, acho vai demorar para voltar...

A única certeza é que o próximo que passar, o embarque será imediato.