17 de novembro de 2009

Simplesmente

A vida parece, muitas vezes, correr mais do que o próprio relógio. Muitos vivem escravos daquele pequeno aparelhinho com dois ponteiros que podem deixar qualquer um maluco. Ultimamente me encaixo mais na primeira frase. Na última semana, em que tantos fatos aconteceram, resolvi esquecer do tempo, daquele tempo do relógio e não o do aprendizado. Convoquei duas pessoas especiais para esquecerem do 'tempo' comigo e fomos ao teatro. AHHH, o teatro.

Por incrível que possa parecer, minha cidade tem dois magníficos teatros e justamente para o que estes foram construídos, é o que menos os pelotenses podem apreciar. A peça:
Simplesmente Eu. Clarice Lispector. Monólogo escrito e dirigido pela atriz Beth Goulart. Por uma hora assisti no palco do teatro mais antigo do Brasil em funcionamento a minha escritora predileta..ali, vivinha da silva. SIM! A mulher responsável pela frase de abertura do Bubble estava naquele palco, contando suas experiências, angústias e as aventuras de ser escritora.


Simplesmente tudo de bom, pois o relógio naquele momento, era o objeto mais inútil para mim. O tempo congelou do lado de fora do teatro e pude mergulhar em um mundo que, sinceramente, poderia ficar imersa por muuito mais tempo. Como já ouvi uma vez: "simplesmente tudo, totalmente completa". É assim Clarice.

6 de novembro de 2009

Mude

Mudei o corte do cabelo. Mudei de cor preferida. O lugar da cama.
Mudei minhas fotos. Mudei de ritmo musical. O perfume predileto.
Mudei a frequência. Mudei meu quarto por inteiro. Renovei.
Mudei de pensamento. Mudei minha oração. Mudei de prioridade.
Mudei. Mudei muita coisa em minha vida, mas não mudei minha essência, só mudei em aspectos que, por menores que possam ser, fazem toda diferença.


Mude. Dê um passo a frente.

2 de novembro de 2009

As estrelas de Satolep

Confesso que minha cabeça está fervendo. Não de raiva ou qualquer outro sentimento negativo. Ferve para tentar escrever, em poucas linhas, o que REvivi ontem. Como relatei, a profissão que escolhi me proporciona momentos de extrema alegria mas também de muita tristeza. Em 15 de janeiro vivi este outro lado da moeda de ser jornalista. O acidente com a delegação do Brasil foi, até hoje, o maior acontecimento triste que tive que 'contar' aos outros. Hoje, percebo que fiz parte de um dos maiores acontecimentos históricos desta cidade e quem sabe do mundo esportivo?!

"As coisas não acontecem por acaso", já diria algum poeta, mas se aconteceu tudo isto, algum aprendizado TODOS os envolvidos - direta ou indiretamente - tiveram. Eu tive...e como. Passados 10 meses, dois colegas de profissão lançaram um livro com esta história, com este 'fato jornalístico'. Para minha surpresa, ao abri-lo, a primeira imagem que vejo: Eu. Eu? Eu!

O registro foi feito uma semana antes do acidente, na chegada do goleiro Danrlei e que foi contra-capa de um dos jornais mais importantes do Estado. Não pude conter minha alegria em saber que, mais do que nunca, faço parte desta triste história, mas que me serviu como uma bela lição. Para selar tudo isto, nada melhor do que ouvir "Estrela, Estrela" ao som do violão que ecoou no teatro Guarany na voz de seu criador, Vitor Ramil. Presente. Duplo.

A 'estrela' que Ramil cantou é a mesma que reluz o brilho dos guerreiros que se foram. A 'estrela' que como ele diz: "Brilhar, brilhar, quase sem querer. Deixar, deixar, ser o que se é"