6 de fevereiro de 2013

A hora.

Hoje acordei cedo..dia cinza, meio frio. Cinza na verdade é a cor que resume o clima na cidade que me acolheu há 5 meses. Cidade que é abençoada até no nome e creio que é por isto que a população está mais unida, apesar de todo luto. Cidade que tem Maria, mãe Medianeira como padroeira. Mãe que acolhe, afaga, cuida. Mãe que dá conselhos mas também sabe ouvir. Mãe que jamais desampara, que sabe só no olhar, o que o filho sente. 

Acordei e saí pelas ruas, meio sem rumo, indo em direção ao vento. Uma das melhores maneiras de colocar o coração e a cabeça em equilíbrio é sair assim e deixar que todos os sentimentos venham e mostrem suas reais intenções. Assim eu fiz...aliás, assim faço há algum tempo. Em certas situações, temos a mania de 'empurrar com a barriga' o que queremos, o que achamos certo, justo e verdadeiro. Só que essa atitude nem sempre tem bons resultados. A gente tenta dizer para "aquela voz" que temos o controle da situação, que tudo está certo, mas e aí? Que controle temos se não sabemos para onde ir? 

A hora é de errar para acertar mais tarde. É hora de acertar para depois, lá na frente não errar. Errar é deixar algo para trás. Acertar é pegar outro rumo. Acertar é fazer o que a razão/emoção - juntas - falam. Errar é saber que se fez tudo, achando que seria o certo. Ao caminhar, fui olhando com outros olhos a cidade Santa, a casa de Maria que hoje chora, mas que irá voltar a sorrir. Tantas coisas, tantas situações, tantas perguntas e ainda sem respostas. Olhar certas coisas, ouvir certas coisas, viver certas coisas...assim é a vida, uma surpresa a cada piscar de olhos. A vida que planejo, desenho, projeto e que vai se moldando ao que eu acho certo, justo, verdadeiro.

A hora é de errar para acertar mais tarde. É hora de acertar para depois, ali na frente, não errar (ou pelo menos tentar). Mãe Maria, Medianeira..a minha Santa Maria..olhai por nós (e por mim também).