30 de junho de 2010

Metade de mim

Metade da laranja. Metade do caminho. Do ano. Metade do outro. Hoje, seis meses da 'laranja' se foram e tanta, mas tanta coisa aconteceu que dá para escrever um livro. No ano 10 cheguei na metade da minha 'rodovia' e olha que muitas coisas que traçei se concretizaram. E como sempre digo por aqui, cuidado com o que você deseja, pois as coisas realmente acontecem.

Essa semana andei tendo sonhos esquisitos, com coisas do passado mesclado com metas que desejo alcançar. Este mix é quase como que a metade de tudo que vivi até então. Tenho 25 anos, 1/4 de vida e me sinto, literalmente, como que na metade de tudo. Um divisor de águas. A fase em que antes me achava adulta, hoje sinto que adulta virei de fato. Contas para pagar, um 'filho' que comprei e que agora, será meu por um bommm tempo; emprego dos sonhos e por aí afora.

Não há nada melhor do que conseguir expressar tudo isso e reconhecer que esta metade que hoje cheguei, representa - apenas -o inicio de uma outra ainda mais maravilhosa fase e porque não dizer madura. Metade de mim eu descobri, eu vivi. A outra? Ah, a outra começou hoje e sinceramente, quero descobrir o prazer que ela irá me proporcionar a cada amanhecer.

20 de junho de 2010

8=1

Sim. O título não está errado. O número oito é igual a um, pelo menos para mim. No dia em que o Brasil venceu a segunda partida na Copa, tive mais uma alegria. Em um programa de tv, vejo uma reportagem com uma turma de amigos adolescentes que no ano 2000 criaram uma 'cápsula' do tempo. Cada um escreveu uma carta sobre como estariam em 2010. Sonhos, profissões, casamentos, ídolos. Estes e outros itens foram escritos por eles que tinham entre 14 e 15 anos. Tudo foi gravado em vídeo e a matéria mostrou o momento em que - 10 anos depois - se reencontraram para abrir a tal cápsula. Não contive as lágrimas. Chorei junto. Alías, chorei quase toda matéria, lágrimas de emoção. Me vi ali na tela. Vi sete amigas e eu.




Naquele mesmo ano em que eles fizeram a cápsula, no mesmo programa de tv eu, com 15 anos, assisti outra matéria em que um grupo de amigos enterrou uma caixa no alto de um morro com cartas sobre como seria o ano 2000. Me lembro como aquilo mexeu comigo, pois no dia em que abriram a caixa, uma menina foi representando o pai que havia falecido. Emoção à flor da pele. No outro dia, cheguei no cólégio e fiz a mesma proposta para as minhas sete melhores amigas. Elas toparam na hora.

Em 29 de novembro de 2000, após o último dia de aula, nos reunimos para um almoço na casa de uma delas e lá, fizemos o verdadeiro pacto de amizade. Nossa caixa contém uma carta de cada uma, vários bilhetes trocados em sala de aula, cédulas de dinheiro e fotos, mas principalmente, colocamos nossos desejos mais puros e verdadeiros e nos comprometemos que em 15 anos, iríamos voltar aquele mesmo lugar, para abrí-la. As adolescentes de 15, terão 30 quando isto acontecer.

A cada ano que passa, uma lembra a outra da nossa caixa, do nosso pacto. Brincando, brincando, dez anos se passaram e hoje ao ver a matéria, as lágrimas rolaram pelo simples fato de me sentir feliz em poder ter a certeza de que tenho amigas de verdade, que dividiram tantos momentos bons e que até hoje, dividimos. Cada uma tomou seu rumo. Hoje, 10 anos se foram e todas estão formadas, duas casadas e uma delas, mora do outro lado do mundo.


O que nos une é muito mais do que aquela caixa. O que nos une é uma coisa chamada amor. Amor de amiga para amiga. Amor verdadeiro. Amor que ultrapassa o tempo e a distância. Que daqui há 5 anos, eu na função de repórter, possa mostrar ao mundo, a bela história que as sete amigas e eu desenhamos.

Que venha 29 de novembro de 2015!

10 de junho de 2010

Ubuntu*

Pense: o que você fazia há quatro anos? Em 2006, nesta época, o que o mundo inteiro estava fazendo, aliás? A resposta é simples: olho na tela e não era do computador. A televisão era o objeto mais desejado por transmitir a Copa do Mundo. Um espetáculo de encher os olhos mesmo de quem não gosta deste esporte que É uma paixão mundial. A Copa é um marco na vida das pessoas (pelo menos na minha). Lembro perfeitamente da de 1994. Eu, com 9 anos, acho que ainda não tinha ideia do que tudo aquilo realmente era, mas sei que devidamente uniformizada, minha irmã e eu sentávamos na frente do 'quadrado' mágico com um prato de pipoca e um 'mate doce', mesmo quase que sem saber o que estava acontecendo.


A de 98, a febre no colégio era colecionar o 'tal álbum da Copa', que hoje está em alta novamente. Em 2002, sob o comando de Felipão, eu no auge dos meus 17 anos, assistia os jogos na casa de meus colegas do terceiro ano do ensino médio. Para nós, cada jogo era uma alegria, não apenas pela partida, mas por estarmos todos juntos. Ahh, como foi boa aquela Copa! O Penta!
Mais quatro anos se foram e em 2006 eu era outra pessoa. Quase formada na faculdade, morando em outra cidade, mas torcendo (sempre) pelo meu país. Já não havia tantas 'junções' para acompanhar os jogos, mas o sentimento de patriotismo falava mais alto.

Cá estamos de novo..2010! O meu ano 10. O ano da virada e quem sabe do Hexa! Mas onde quero chegar é que, tudo isto mostra que a Copa marca a nossa vida, de uma maneira ou de outra. Quando a bola rola - ao mesmo tempo no mundo todo - pensamos que nunca iríamos imaginar estar morando naquela cidade, estar naquele emprego, fazendo aquela função. É hoje, a bola vai rolar, o mundo vai parar por mais de um mês, com "olhos, ouvidos e dedos" na África*!

Agora, o que será que estarei fazendo daqui a 1460 dias? Onde estarei? Com quem estarei? Só sei, de fato duas coisas: a minha idade e que o meu país estará recebendo o mundo inteiro em seu território, para este show! Espero eu, poder assistir e fazer parte desta história como a Copa faz parte da minha história (e da sua também).