Esta é a definição do dicionário para a palavra arrependimento, porém, na vida real essa tem outros milhares de sentidos. Desde que me conheço por gente, arrepender-se de algo era uma atitude feia porque se me ‘arrependi’ por alguma ação, é que boa coisa eu não deveria ter feito. Hoje, vejo que não é nada disso. A velha frase “só me arrependo do que não faço” é válida em muitos casos em minha vida. Sabe quando você diz: “ah, eu fiz e faria tudo de novo” ou “lógico, a gente tem que falar mesmo, senão o remórcio pega e aí....”. Bem, tudo isso é verdade e eu já passei por tantas provas que sei bem o que é sentir tudo isso no coração.
A questão aqui é de arrepender-se por ter feito alguma coisa, ou melhor, ter dito. Quando o sangue sobe à cabeça, a gente “vomita” tudo o que quer (sempre) sem pensar. Quando a gente sabe que vai falar coisa demais e fala mesmo assim. Quando a gente não escuta a intuição. Quando a gente acha que fazer tudo o que está ao nosso alcance para se sentir bem, mas não enxerga o “outro” lado. Depois de tudo isso, quando a angústia bate no peito...sai da frente.

É mais ou menos assim que estou agora. Arrependida, angustiada, meio sem chão. São tantas coisas, tantas situações, tantos arrependimentos. Arrependimento de não ter falado mais; arrependimento de não ter feito; arrependimento de não ter pensado melhor; arrependimento de não ter falado nada.
São tantos que o melhor que tenho a fazer é sentar no sofá com a panela de negrinho, o edredom e o lencinho e assistir um belo filme romântico para que eu consiga, de uma vez por todas, colocar TODOS estes arrependimentos pra fora e me livrar desta palavra que hoje, não irei me arrepender de mandar para bem longe.