18 de junho de 2016

Latch

Gosto do gosto de gostar. Gosto de sentir na alma, dentro do peito. Gosto da sensação da dúvida se é recíproco, se de lá virá o sinal, a resposta, o fim dos questionamentos infinitos. Gosto de, por pensamento, a nuca arrepiar, a borboleta dar sinal no estômago. Os sinais da alma de que, sim, pode ser recíproco. 

Sensações são “sentidas” por atos, "sinais" que o outro ser produz em nós, o poder que paira sobre nós. Já pensou a responsabilidade de despertar algo em alguém? Para mim, isso é poder. É poder sentir algo, sentir o peito acelerar, como diria o Sam Smith, o sangue pulsar com mais calor e rapidez nas veias. Poder é despertar um sorriso do lado de lá e digo mais: despertar um pensamento que mesmo que seja rápido, como por exemplo “como será que ele(a) está?”. Ah, se isso despertar lá, bingo! Você mexeu, despertou a curiosidade, acendeu a luz de alerta, o alerta do bem. 



Quem não quer que a luz acenda, atire o primeiro fio, ligue-o na tomada e a deixe brilhar hoje, agora, já. Eu quero que a luz acenda, que o despertador toque, quero sentir a veia pulsar mais rápido. Quero poder querer ter o poder da situação, para poder expressar melhor o que a borboleta daqui de dentro quer falar. Gosto do gosto de gostar e de pensar o que esse meu gostar vai despertar. 

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